Na véspera de sua viagem à Alemanha, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, propôs uma reunião trilateral com os presidentes Donald Trump (EUA) e Vladimir Putin (Rússia) com o objetivo de avançar nas negociações para encerrar a guerra no território ucraniano.
Zelensky afirmou que tanto os Estados Unidos quanto a Rússia já foram informados de sua disposição para o encontro em diferentes formatos: bilateral com Trump, bilateral com Putin ou uma reunião entre os três líderes.
"Estamos prontos para nos reunirmos em nível de líderes. O lado americano sabe disso, e o lado russo também. Aceitamos o formato Trump-Putin-Zelensky, ou encontros bilaterais que levem ao tripartite", declarou o presidente ucraniano à imprensa.
O líder ucraniano defende um cessar-fogo imediato e incondicional de pelo menos 30 dias como primeiro o para impulsionar o diálogo. Ele destacou ainda o papel fundamental dos Estados Unidos no processo.
"Alguém precisa fiscalizar esse cessar-fogo. Confiamos nos EUA e na sua inteligência militar. Acreditamos que são eficazes nisso. Se os russos concordarem, então uma reunião com o presidente Trump é essencial", reforçou Zelensky.
Apesar da proposta, o presidente russo Vladimir Putin tem rejeitado qualquer possibilidade de encontro com Zelensky. A mais recente negativa ocorreu na Turquia, mesmo após um acordo entre os países para a libertação de milhares de prisioneiros de guerra. O Kremlin sustenta que um encontro entre os líderes só seria possível após algum tipo de entendimento prévio.
Nos últimos dias, Donald Trump, que atualmente ocupa a presidência dos Estados Unidos, tem elevado o tom contra Putin. Após os intensos bombardeios russos contra Kiev, Trump criticou duramente o líder do Kremlin. Nessa terça-feira (27), afirmou que Putin está "brincando com fogo" ao recusar interromper os ataques.
No fim de semana, ao comentar os ataques em massa à capital ucraniana, Trump já havia sinalizado possíveis novas sanções contra Moscou. "Putin está matando muitas pessoas", declarou.
Apesar das críticas recentes, Trump também relembrou seu ado com o presidente russo. Em publicação na Truth Social, disse ter tido um “relacionamento muito bom” com Putin, mas afirmou que o líder russo “ficou completamente louco”.
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