A Justiça do Rio de Janeiro concedeu, nesta segunda-feira (2), habeas corpus ao cantor Marlon Brendon Coelho Couto, conhecido como MC Poze do Rodo. Preso desde o dia 29 de maio, o funkeiro teve a prisão temporária revogada por decisão do desembargador Peterson Barroso, da Primeira Vara Criminal de Jacarepaguá. Na análise do magistrado, a detenção do artista não se justificava, já que não ficou comprovada a sua imprescindibilidade para o andamento das investigações.
“A prisão não deve recair sobre o elo mais fraco, e sim sobre os comandantes de facções criminosas que praticam crimes graves contra a sociedade”, afirmou Barroso em sua decisão. Apesar da revogação da prisão, até a noite de segunda-feira a Secretaria de istração Penitenciária ainda não havia sido notificada, e MC Poze permanecia detido no presídio de Bangu 3, no Complexo de Gericinó.

O cantor deverá seguir uma série de medidas cautelares determinadas pela Justiça. Entre elas, estão o comparecimento mensal ao juízo para justificar suas atividades, a proibição de deixar a comarca sem autorização, de mudar de endereço sem aviso prévio, e de manter contato com investigados ou pessoas ligadas à facção Comando Vermelho. Além disso, deverá entregar seu aporte à Justiça e manter telefone disponível para contato imediato.
Prisão e acusações
O MC responde a uma série de acusações, incluindo apologia ao crime e associação ao tráfico de drogas. Ele também é investigado por supostos crimes de tortura e cárcere privado, após a denúncia de um homem que afirmou ter sido agredido e mantido em cárcere em sua residência, no Recreio dos Bandeirantes.
Outra apuração em curso envolve um show realizado pelo cantor na Cidade de Deus, no dia 17 de maio, onde imagens mostraram a presença de homens armados com fuzis em meio ao público. O caso levou à abertura de inquérito para identificar os responsáveis pelo porte de armamento de uso .
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