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Política

Professor acusado de assédio sexual é convidado pelo STF para fazer palestra

Doutor em filosofia, alemão se apresenta em Brasília para falar sobre ‘justiça climática’.

Nesta quarta-feira (4), o professor alemão Thomas Pogge realizará uma palestra na sala de sessões da Segunda Turma, a convite do Supremo Tribunal Federal (STF). Pogge, docente de Filosofia na Universidade de Yale, nos Estados Unidos, foi alvo de várias acusações de assédio sexual.

O europeu recebeu críticas da comunidade acadêmica por violações de condutas éticas e comportamentos inadequados, segundo um jornal norte-americano. “Está bastante claro que ele se envolveu em um padrão de comportamento que me parece inapropriado e que precisa ser condenado pela nossa profissão”, disse Shelly Kagan, professor de Filosofia em Yale, ao jornal.

Foto: Reprodução/ LinkdinPublicação do STF no Linkedin
Publicação do STF no Linkedin

A primeira acusação de assédio sexual contra Thomas Pogge foi registrada em 2010, quando ele já atuava como professor em Yale. No entanto, há relatos que remontam à década de 1990, quando lecionava na Universidade Columbia. Além disso, há denúncias de comportamentos inadequados com alunas de pós-graduação.

Uma das principais preocupações da comunidade acadêmica é a suspeita de que Pogge teria tentado estabelecer ou manter relacionamentos íntimos com alunas sem vínculo acadêmico efetivo, em troca de cartas de recomendação.

“Isso coloca em dúvida o valor das cartas que ele escreveu ou ainda poderia escrever para nossos alunos de graduação e pós-graduação. Isso prejudica a reputação dos estudantes e torna difícil, ou até inviável, que eles trabalhem com ele”, afirmou o professor Shelly Kagan, em junho de 2016.

Mais de mil acadêmicos de diversas partes do mundo am uma carta aberta em apoio à condenação de Pogge.

Conduta não profissional

Fernanda Lopez Aguilar, ex-aluna de Yale, acusou Pogge de assédio sexual e retaliação profissional após ter rejeitado suas investidas, em 2010. A jovem alegou que, durante uma viagem de pesquisa, o professor criou um ambiente sexualizado e, posteriormente, retirou uma oferta de emprego feita a ela.

A Universidade de Yale classificou o caso apenas como "conduta não profissional".

Thomas Pogge nega todas as acusações: “Não fiz nenhum movimento ou algo assim”, declarou.

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