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Internacional

Donald Trump acusa China de violar “totalmente” a trégua tarifária

A declaração foi feita por meio da plataforma Truth Social.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou nesta sexta-feira (29) a China de descumprir a recente trégua tarifária firmada entre os dois países em Genebra, reacendendo o clima de tensão na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. A declaração foi feita por meio da plataforma Truth Social, utilizada pelo republicano para se comunicar com seus seguidores.

Segundo Trump, o acordo havia sido feito para conter uma crise econômica iminente na China, resultado das tarifas de até 145% impostas pelos Estados Unidos. “As tarifas altíssimas que estabeleci tornaram praticamente impossível para a China comercializar no mercado dos Estados Unidos. [...] Muitas fábricas fecharam e houve, para dizer o mínimo, ‘agitação civil’”, escreveu o presidente.

Trump afirmou que, ao perceber a gravidade da situação chinesa, decidiu selar um acordo emergencial para evitar um colapso maior. “Graças a esse acordo, tudo se estabilizou rapidamente e a China voltou aos negócios normalmente. Todos ficaram felizes”, disse. No entanto, o presidente concluiu sua publicação com uma crítica direta: “A má notícia é que a China, talvez sem surpresa para alguns, violou totalmente seu acordo conosco. Que cara legal”.

Apesar da gravidade da acusação, Trump não detalhou de que forma o governo chinês teria rompido o acordo firmado em Genebra.

Em entrevista à CNBC, o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, reforçou a preocupação do governo americano com o que classificou como "descumprimento" por parte da China. Segundo ele, o fluxo de minerais essenciais, como ímãs de terras raras, tem sido particularmente problemático.

“Não vimos o fluxo de alguns desses minerais essenciais como deveria. A China continua, sabe, a desacelerar e a sufocar produtos como minerais essenciais e ímãs de terras raras”, afirmou Greer.

As acusações aumentam as incertezas sobre a estabilidade das relações comerciais entre Washington e Pequim. O episódio pode comprometer não apenas o recente pacto tarifário, mas também a retomada das negociações bilaterais que vinham sendo ensaiadas desde a última rodada de reuniões na Suíça.

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