No intervalo do primeiro dia de interrogatório no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (9), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que não vai confrontar seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, primeiro a depor diante do ministro Alexandre de Moraes. Eles são réus por acusação de tentativa de golpe de Estado.
“Não vou confrontar o Cid Aqui. Depois a gente vai falar com vocês”, disse Bolsonaro a jornalistas. Inquirido por Alexandre de Moraes e pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, Mauro Cid afirmou que Bolsonaro teve o, leu e pediu alterações na chamada “minuta do golpe”.

“Bolsonaro recebeu e leu o documento. Ele, de certa forma, o enxugou. Apenas o senhor [Alexandre de Moraes] permaneceria como preso”, disse o tenente-coronel, sobre o suposto plano de prender autoridades.
Interrogatório
A sessão para a coleta dos interrogatórios iniciou às 14h. Depois de Mauro Cid, serão interrogados mais sete réus, por ordem alfabética:
Alexandre Ramagem, ex-diretor da ABIN e deputado federal;
Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha;
Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal (DF);
Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional;
Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa e candidato a vice na chapa de Bolsonaro em 2022.
O ministro Alexandre de Moraes designou, de início, cinco dias para as oitivas: 9/6 às 14h, 10/6 às 9h, 11/6 às 8h, 12/6 às 9h e 13/6 às 9h. Os interrogatórios são transmitidos ao vivo pela TV Justiça e pelo canal do STF no YouTube, a partir das 14h.
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