O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira (11) que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), não será candidato à Presidência da República em 2026. Segundo Bolsonaro, Tarcísio disputará a reeleição ao governo paulista, enquanto ele pretende concorrer novamente ao Palácio do Planalto.
A declaração foi feita durante um evento no Salão Motopeças, em São Paulo, onde Bolsonaro lançou sua linha de capacetes. O ex-presidente voltou a criticar sua inelegibilidade, determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), classificando a decisão como uma “negação à democracia”.
"Nós dois seremos candidatos. Ele [Tarcísio] vem para a reeleição e eu para presidente. Eu não aparecer como candidato é uma negação à democracia. Que crime cometi? Me reunir com embaixadores? Por enquanto, sou candidato, pois, como eu disse, é uma negação à democracia (não ter esse direito)", declarou Bolsonaro.
Apesar de afastar a possibilidade de candidatura de Tarcísio, Bolsonaro elogiou a gestão do governador e destacou seu potencial político. "Ele é um brilhante gestor, uma grande promessa para o futuro", afirmou. Em tom descontraído, completou: "Parabéns, Tarcísio. Obrigado por estar comigo hoje. Vamos até dormir juntos hoje, né?", brincou.
Tarcísio reforça apoio a Bolsonaro
O nome de Tarcísio vinha sendo cogitado por integrantes do PL como possível alternativa caso Bolsonaro permaneça inelegível. No entanto, o governador já havia descartado essa possibilidade e, mais uma vez, reforçou o apoio ao ex-presidente como candidato da direita para 2026.
Críticas a Lula e defesa de anistia
Durante o evento, Bolsonaro comentou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra ele por tentativa de golpe e disse acreditar que “a justiça será feita”. Ele também voltou a criticar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e mencionou a polêmica em torno de uma suposta taxação do PIX.
Além disso, defendeu a aprovação do Projeto de Lei da Anistia para os presos pelos atos de 8 de janeiro e destacou a manifestação marcada para o dia 16 de março, na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.
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